Henrique Aristides Guilhem (26/02/1875 — 03/01/1949), foi um militar da Marinha do Brasil. Filho de Domingos Aristides Guilhem e de Tereza Francisca Fontes Guilhem, após as aulas no curso preparatório, foi matriculado na Escola Naval em 19 de novembro de 1891 como praça de aspirante a guarda-marinha.
Guilhem teve uma carreira brilhante pela Marinha tendo sido promovido a tenente, capitão-tenente, capitão-de-corveta, capitão-de-fragata, e, em 1920 foi designado para servir às ordens do rei Alberto I da Bélgica, para trazer da Europa os restos mortais de D. Pedro II e de D. Teresa Cristina Maria de Bourbon.
Em 1921, foi promovido por merecimento a capitão-de-mar-e-guerra, onde comandou o Encouraçado São Paulo, além de exercer o papel de diretor da Escola Naval, Diretor Geral de Aeronáutica e Diretor Geral de Fazenda da Armada.
Foi promovido novamente, em 1932, para ser contra-almirante, onde logo em seguida assumiu o cargo de Estado-Maior da Armada.
Em sua longa carreira militar, Guilhem sempre desempenhou seu papel com muita dedicação e mesmo após sua morte, ele foi promovido a Almirante-de-Esquadra e a Almirante Cinco Estrelas.
Dentre seus maiores feitos estão a criação:
- Casa do Marinheiro. Tradicional agremiação militar que tem a finalidade de proporcionar à família dos militares da Marinha lazer, cultura e entretenimento de qualidade.
- Quadro Auxiliares da Marinha;
- Corpo de Fuzileiros Navais;
- Serviço Geral de Documentação da Marinha.
Além dessas realizações, introduziu, na Escola Naval, os cursos de Formação de Oficiais Fuzileiros e de Intendentes da Marinha. O seu principal feito, entretanto, foi a reativação da Construção Naval de Guerra no país, atividade que se encontrava paralisada desde término do Segundo Reinado.